Confiança – Wikipédia, a enciclopédia livre Confiança Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Saltar para a navegação Saltar para a pesquisa  Nota: Para outros significados, veja Confiança (desambiguação). Confiança é menor nos países mais desiguais. Wilkinson e Pickett (2009). Em psicologia, confiança pode ser entendida como "um estado psicológico que se caracteriza pela intenção de aceitar a vulnerabilidade, com base em crenças otimistas a respeito das intenções (ou do comportamento) do outro".[1] Pode também ser entendida como a crença na probidade moral, na sinceridade de alguém. Em sociologia e psicologia social, confiança refere-se à expectativa de que um indivíduo, grupo ou instituição atue da maneira esperada, em uma dada situação. Trata-se de uma suspensão temporal da situação básica de incerteza acerca de eventos ou ações individuais, grupais ou institucionais, mediante a suposição de que exista um certo grau de regularidade e previsibilidade desses eventos ou ações. A confiança será mais ou menos reforçada, em função de atos ou fatos. Índice 1 Surgimento 1.1 Exemplo 2 Confiança em administração 3 Confiança em sentido jurídico 4 Referências 5 Ver também Surgimento[editar | editar código-fonte] O grau de confiança entre duas pessoas ou mais, é determinado pela capacidade que elas têm de prever o comportamento uma da outra, dentro de uma nação. Tem como base experiências passadas que corroboram um padrão esperado, valores compartilhados percebidos como compatíveis. Também é "a expectativa que nasce no seio de uma comunidade de comportamento estável, honesto e cooperativo, baseado em normas compartilhadas pelos membros dessa comunidade". Quando isso ocorre, tenho condições de prever o comportamento do outro em uma dada circunstância. Confiança é previsibilidade do comportamento e bem - estar de um país - nação. Ao observar o comportamento de alguém, somos capazes de identificar os valores que determinam por que as pessoas se comportam de uma determinada maneira, que seria a cultura. Portanto, quando digo que confio em alguém, estou querendo dizer que: a) pertencemos à mesma comunidade de valores ou cultura, e b) sei que ele estará tão orientado para atender a meus/nossos interesses quanto eu próprio estaria se estivesse no lugar dele. Quando isso acontece, as pessoas não negociam: elas são capazes de entregar um cheque em branco e assinado. Assim, a quantidade e a frequência das negociações podem ser indicadores de que nem tudo vai bem no país segundo Sun Tzu. Se a oportunidade de negociar pode ser um indício de relações democráticas e igualitárias, o excesso de negociações é um indicador seguro de falta de confiança porque, no limite, quando eu confio totalmente, não negocio. Assim, quanto maior o número de negociações, menor a abertura entre os interlocutores. Exemplo[editar | editar código-fonte] Mesmo quando duas pessoas possuem fortes vínculos afetivos - marido e mulher, comandantes e subordinados, rei e súditos, por exemplo -, existem situações em que eles têm de negociar, porque um não confia na decisão do outro e isso não tem, em princípio, nada a ver com honestidade, mas sim com a incapacidade de prever o comportamento do outro. Um exemplo: numa sexta-feira à noite, voltando para casa, o marido está planejando ir ao cinema, pois há um filme a que ele quer muito assistir. Ao mesmo tempo, a mulher deseja ir ao teatro. Se um deles deixar a decisão nas mãos do outro - em confiança -, o desfecho será ganha/perde. Se decidirem negociar, deverão explorar os reais interesses em jogo, nos outros comportamentos entra o que se costuma chamar de corrupção. Se o que eles desejam realmente, o mesmo objetivo e/ou objetivos contrários, possivelmente cada um irá para seu lado provocando a desunião entre os casais e o caos da nação, segundo Sun Tzu Kong Fu Sen. Tecnicamente, pode-se dizer que, nesse caso, eles não confiam uns nos outros, ainda que em outras dimensões importantes do casamento/Estado a confiança seja total e irrestrita. A rapidez na solução do impasse dependerá do grau de abertura existente entre os dois no casamento ou no caos da nação. Imagine que o marido/políticos temem abrir seus reais interesses para a mulher/povobrasileiro, com medo de magoá-la no caso da esposa e/ou escandalizar o povo brasileiro, no caso do político. Como resolver o impasse? Com abertura. Ou seja, quanto mais rápida e francamente eles revelarem o que desejam, mais facilmente poderão resolver esse problema particular e de Estado. Confiança em administração[editar | editar código-fonte] A confiança, em administração, pode estar relacionada com a confiança entre as pessoas (confiança interpessoal), entre pessoas e uma organização (Confiança organizacional) ou entre organizações (Confiança Interorganizacional). Confiança interpessoal é a aceitação de uma parte em ser vulnerável às ações de outra pessoa, com base na expectativa de que a outra pessoa terá um comportamento favorável aos objetivos e expectativas da parte, mesmo que não tenha nenhuma forma de assegurar isso. Significa expor-se a uma situação de risco, esperando um resultado benéfico.[2] Confiança em sentido jurídico[editar | editar código-fonte] A palavra confiança tem significado especial para o Direito. Na literatura jurídica fala-se de um "princípio da confiança", desenvolvido em Portugal na obra de Carneiro da Frada[3] e, no Brasil, por Patrícia Cândido Alves Ferreira.[4] Haveria 2 sentidos para a confiança no Direito: uma ponte entre a boa-fé objetiva e a boa-fé subjetiva ou uma forma de proteção das expectativas legítimas de quem contrata.[4] Referências ↑ Denise M. Rousseau, Sim B. Sitkin, Ronald S. Burt et Colin Camerer, Not So Different After All: A Cross-Discipline View of Trust, Academy of Management Review, vol. 23, no 3,‎ 1998, p. 393-404 ↑ LANZ, L. Q,; TOMEI, P. A. Confiança nas Organizações. Elsevier / Puc-Rio, Rio de Janeiro, RJ, 2014. ↑ CARNEIRO DA FRADA, Manuel (2007). Teoria da confiança e responsabilidade civil. Coimbra: Almedina  ↑ a b CÂNDIDO ALVES FERREIRA, Patrícia (jan–mar 2015). «O princípio da confiança: proteção e tópica jurisprudencial dos contratos de saúde suplementar». São Paulo: Revista dos Tribunais-ThomsonReuters. Revista de Direito Civil Contemporâneo - RDCC. v.2. (n.2.): 83-107. Consultado em 28 de novembro de 2016  Ver também[editar | editar código-fonte] O Wikiquote possui citações de ou sobre: Confiança Autoconfiança Crise de confiança Intervalo de confiança Este artigo sobre psicologia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o. v d e Ética Divisões Ética descritiva Ética normativa Ética aplicada Metaética Teorias Casuística Cognitivismo Consequencialismo Conduta Cuidado Deontologia Existencialismo Hedonismo Individualismo Objetivismo Particularismo Pragmatismo Reciprocidade Relativismo Utilitarismo Virtude Conceitos Akrasia Autocontrole Autonomia Axiologia Bem Confiança Consciência Consentimento Cuidar Direitos Direitos humanos Direito moral Enkrateia Felicidade Fidelidade Guerra justa Hipocrisia Humano Igualdade Imperativo categórico Interesse público Juízo de valor Justiça Lei moral Liberdade Livre-arbítrio Mentira Moral Princípios Responsabilidade Sofrimento Valor Vício Virtude Vontade Filósofos Agostinho de Hipona Alasdair MacIntyre Aristóteles Arthur Schopenhauer Baruch Spinoza Bernard Williams Confúcio David Hume Derek Parfit Friedrich Nietzsche G. E. Moore Georg W. F. 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